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FORMAÇÕES
Texto: A+  
13/09/2010
Família: os desafios de hoje
* Revista Shalom Maná
 
As mudanças ocorridas na sociedade têm influência direta na família, de modo que nenhuma pode viver a ilusão de ser capaz de encontrar sua realização sem interagir com tais mudanças. Neste caso, como a família atual pode se conduzir da forma mais positiva possível diante dos desafios enfrenta hoje?

É possível que algumas pessoas, ao refletirem sobre a família, visualizem-na sempre composta pelo pai, a mãe e os filhos vivendo em uma casa, o pai provendo com seu trabalho todas as necessidades da família, a mãe, carinhosa e infatigável, apenas tomando conta da casa e da educação dos filhos, o casal buscando viver em harmonia, encontrando profunda satisfação e digna recompensa no que fazem, enquanto as crianças, neste clima de estabilidade, brincam e estudam, alegres e despreocupadas. Sabemos que a realidade, sobretudo de hoje, não é bem assim. Há muitas mulheres que necessitam criar seus filhos sem contar com a presença e ajuda do pai, como há também casos em que a mãe pode faltar e outra pessoa, como a avó, uma tia, vizinha irmã mais velha ou o próprio pai tenha de assumir a função de cuidar da casa e educar as crianças. Por vezes, ocorre a presença de um membro dependente de álcool, drogas, ou a prática da violência familiar, e ainda outras vezes a família enfrenta situações de enfermidade entre seus membros, ou situações de desemprego e até miséria extrema.

Com todos os problemas sócio-econômicos que assolam a maior parte das famílias contemporâneas, este pode ser um sonho para muitos não realizado, mas isto não pode ser um motivo de desânimo. Aqueles grupos familiares que, pelas adversidades da vida, sofrem perdas na sua estrutura, não deixam de receber o nome de “família” e não estão excluídos da possibilidade de encontrar realização e cumprimento de sua missão como tal. Estas são famílias em condições especiais, com desafios que sempre existiram e requerem grande dose de coragem nos seu enfrentamento.

Aos desafios descritos acima ainda se somam outros desafios, próprios deste tempo e aparentemente menores, mas que também podem se tornar tanto ocasião de fortalecimento como de esfacelamento das suas possibilidades de realização como família, dependendo de como seus membros aprendam a reagir diante deles. Há famílias que, mesmo não se encaixando em situações explicitamente difíceis, também estão perdidas diante de sua razão de existir, contribuindo para que se multiplique o número daqueles que já não acreditam mais nesta instituição e estejam optando por relações instáveis e descomprometidas, em substituição à intenção de permanência e fidelidade que são intrínsecas ao matrimônio e à família.

No centro da constituição de toda família está a necessidade humana fundamental de “não estar só”, o que constitui uma necessidade bem mais ampla do que a de dois seres. Mesmo nascendo de um desejo meramente afetivo de duas pessoas se complementarem, a família acaba se dirigindo para a construção de objetivos bem maiores que podem tornar este mundo melhor. Cada família constituída diminui não somente a solidão de duas pessoas, mas diminui a solidão no mundo e pode fazer crescer a família humana, não somente em quantidade, mas em qualidade.

Os animais “se agregam” com único objetivo de manter a própria sobrevivência e isto para eles é natural, pois não são capazes dos altos objetivos de que nós, como ser humanos somos. Quando muito, os animais são capazes apenas de proteger a própria “cria” e isto também é instintivo. Mas a família existe para gerar possibilidades de segurança, socialização e criação de vínculos relacionais que marcarão toda a vida de seus membros. É nela que se aprende primeiro a ser “pessoa”, a amar e ser amado, a cuidar e ser cuidado, e a realizar-se contribuindo para o bem comum.

Se formos refletir sobre os desafios enfrentados pela família, mesmo partindo daqueles que são externos, como os problemas sociais, vamos acabar chegando ao centro da construção de tais problemas, que é o coração do ser humano. Vivemos hoje um tempo em que o individualismo se manifesta, talvez como em nenhuma outra época da história, o que tem implicações evidentes sobre as relações familiares e conseqüentemente sobre toda a sociedade. No interior da família, os papéis dos pais e dos filhos estão conflitivos, gerando insegurança no modo de ser e agir de cada um e uma espécie de solidão característica do nosso tempo: a solidão acompanhada. Talvez em conseqüência disto, o comportamento compulsivo se tornou característico da nossa época, acarretando a perda do autodomínio, da criatividade e do crescimento pessoal que deveria se desenvolver em cada

Diante de toda a realidade descrita acima, é ainda possível à família “existir” e atingir seus objetivos pessoais e sociais? O que pode a família fazer diante das influências massivas? Se isolar do mundo, jogar fora a televisão, não colocar ou retirar os filhos da escola, ou propagar a marginalidade como única forma possível de sobrevivência? Não! A Família não pode se isolar e nem ser um “nincho” isolado do mundo! A despeito de todas os desafios próprios deste e de cada tempo, ela continua sendo o “lugar” privilegiado de cuidados, aprendizados dos afetos, construção de identidades, da consciência de pertença a este mundo e da necessidade que cada um tem de deixar nele a sua marca. A família de hoje precisa estar continuamente restaurando e alimentando suas relações entre si e com o mundo. Seus membros necessitam antes de tudo viver a solidariedade mútua e, juntos, abrirem-se à solidadariedade ao que estão fora dela e muitas vezes à margem da sociedade. Para viver uma experiência de estabilidade e comunhão neste tempo de grandes instabilidade, a família precisa de uma reeducação contra o individualismo pessoal e o fechamento grupal.

Assim como na sociedade como um todo, os membros de cada família podem começara enfrentar os desafios de hoje aceitando uns aos outros como são ou como estão naquele momento, acolhendo-se mutuamente em qualquer circunstância e não se excluindo de contribuir com a sua parte para que o outro se torne uma pessoa melhor. Há momentos em que um pai ou uma mãe estão mais frágeis, o que não os exclui de serem dignos do afeto, do respeito e do auxílio de seus filhos. Há momentos também que outros membros da família estarão necessitando destas ações, assim como também aqueles que, embora não sejam parentes daquela família no sentido biológico são “nossa família” no sentido humano e no sentido espiritual.

Mesmo sem esquecer do doce e forte exemplo da família de Nazaré, a família de hoje bem pode encontrar sua inspiração na Família Trinitária, aonde seus membros, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, sem confundir suas identidades e papéis, acolhem-se inteiramente e se doam inteiramente um ao outro, incessantemente, permanente e fielmente, assim como juntos se doam da mesma forma à todos nós, vivendo em plena alegria e realização. Aonde há, na sua casa, na sua família biológica e na sua família humana e espiritual, um ou mais membros que hoje necessitam de você ou de vocês, juntos, como família? De que modo, pessoalmente ou como grupo familiar, você pode contribuir para a superação dos desafios que se colocam diante das famílias de hoje?

Que a Sagrada Família, assim como tantas famílias que se santificaram juntas até hoje intercedam por nós, e na oração com a família Trinitária, encontremos esta resposta.

*Ana Carla Coelho Bessa
 
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